Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2013

Desacelere, take it easy!

Querida, calma. Mantenha esses pés no chão. Não queime todo o gás no ambiente pois nós ainda vamos precisar dele. Diminua o volume da televisão, do rádio, dos fones de ouvido e da sua voz. Eu não vou mentir: honestamente, eu gosto de como você devora nós dois. Em como você nos consome como se fossemos um pedaço de papel.  A sua intensidade me excita. Me faz lembrar o significado de um dia de verão em pleno janeiro. Você olha dentro dos meus olhos e eu acho que vou derreter, ou me desfazer aos poucos como a lava de um vulcão em atividade. Eu deito na cama e você está em chamas. Às vezes, posso até ver algumas delas emanando desse seu corpo.  Desacelera, amor. Por quê gastar a vida assim? Abre a janela. Você já viu como o céu está bonito hoje? Como esse tom de azul combina com a sua pele e com o seu cabelo e como você consegue ser graciosa dançando com os raios de sol? Slow down, babe. Me dá um tempo e se dá um tempo. Deixa o silêncio te mostrar o quanto ele pode e quer te

Do you remember?

Para ler ao som de: Mais Feliz - SILVA  Onde foi que nós nos perdemos? Sentado aqui, nessa maldita poltrona que você me encheu tanto o saco para comprar, eu fico me perguntando em qual das esquinas nós acabamos soltando nossas mãos. Em qual vitrine eu me esqueci de olhar para trás e em qual calçada eu acabei permitindo que você atravessasse sem o meu olhar, que julgo eu, sempre foi muito protetor. Eu tô tentando fazer um esforço para entender. Eu juro que eu estou. Mas eu sei e você sabe que o conjunto “nós” nem sempre foi descomplexo e isto anda atrapalhando a minha análise. Sabe, o café que eu tô bebendo agora tá super ruim, e eu tô com uma saudade do jeitinho estranho e engraçado que você cozinhava aqui em casa. Tô sacudindo a cabeça pra ver se uma peça chave desse quebra-cabeça se desprende de algum canto escuro e faz tudo ter sentido de novo. Mas não tá rolando. Eu queria tanto lembrar em qual momento você parou de atender as minhas ligações e em qual momento eu

Centelhas

Hoje ela acordou e sentiu que precisava de uma vez por todas se sentir bonita. Precisava finalmente (ou não), determinar o que iria determinar a sua autoestima. Então ela foi ao salão de beleza, cortou os cabelos, fez as unhas, desenhou as sobrancelhas e até se depilou. Foi tudo para ela. Cada centavo e cada centelha de autoconfiança que depositava em si própria. Depois de lá, foi até uma loja de “tamanhos especiais” e usando algumas dicas de blogs e blogueiras que lia ou seguia, montou um look que achou adequado, moderno e a fez se sentir sensual. Na calçada seguinte, um par de sapatos fabuloso e um perfume de tirar o fôlego de qualquer um. Era sexta feira e a oportunidade estava ali. Sentia-se quase renovada, como se algo dentro dela houvesse enfim despertado e uau, em muito tempo era a primeira vez que ela ela realmente se achou bonita diante do espelho. Sentiu-se atraída por si mesma e repetiu “Nossa, você está maravilhosa”. E com essas palavras tomou o rumo da noite

Henrique Pt. II

Ele está se movimentando na cama. Enrolado nos meus lençóis. Rapidamente minimizo a janela do word. Não que eu tenha algum problema em deixá-lo ler a história. Até porque, tudo que já escrevi até aqui é a mais pura verdade e de alguma forma, sei que ele, no fundo, também sabe disso. Abro um sorriso amarelo quando ele me fita. Estou sentada na cadeira com um pé apoiado no acento e o queixo sob meu joelho.  — Bom dia. — digo  — Bom dia Babi. — responde ele sorrindo antes de procurar pelo relógio no pulso e perceber que é hora de ir, embora seja sábado.  Confesso que eu mesma não percebi o dia amanhecer. Acho que já passava das 7 da manhã. Mesmo sendo cedo, sei que Henrique tinha milhares de coisas para resolver no dia e é claro que, eu não me importava. E então fiquei ali, assistindo ele se levantar e se vestir enquanto comentava o quão boa havia sido a nossa noite o quanto aguardava pela próxima vez. Fico enjoada novamente.   — Eu ligo para você mais tarde ok? — d

Henrique - Pt I

Tenho a impressão que lá fora, o mundo inteiro ainda está em suas camas, confortáveis, em algum lugar afastado da realidade cruel e nojenta na qual vivemos. Porque o sono nos dá isso, ele tem a capacidade de te transportar para onde e quando você quer e prefere ir. É claro que, pesadelos são uma exceção, mas não vou falar deles na minha história.  Na minha história eu vou falar de mim, e dele. Mesmo que eu tenha a impressão que isso só significa, definitivamente, falar unicamente dele.  Neste momento na minha mesa, além do meu notebook, tem também uma xícara de um café que eu nunca vou beber, mas, como eu gosto do cheiro e como foi ele quem fez, eu resolvi esquentar e deixar aqui do lado, para ver se me dava alguma inspiração. Embora a maior delas esteja um pouco mais a frente, jogado na minha cama, dormindo como se todos os problemas do planeta pudessem ser esquecidos, por uma noite, por um dia. Sorrio, ao pensar que, obviamente ele não resolveu e nem pode r

Das Loucuras de Se Amar mais de Um

Limitações . Se pudesse definir uma palavra para o que eu enxergo atualmente nas pessoas, na vida delas e no restante do mundo, usaria esta: limites. De certa forma, me sinto bastante incomodada em perceber como as pessoas são capazes de delimitar-se e traçar uma linha de “segurança” para tudo e qualquer coisa em suas vidas. Tudo é errado demais, arriscado demais, estranho demais. Quando penso nisso, penso indiscutivelmente no poliamor . A capacidade que alguém tem de amar e oferecer amor para mais de uma pessoa. O contrário de monogamia. Há tantos anos tentam definir o amor, encubá-lo em uma definição que seja a mais apropriada, ou a mais correta e todas as tentativas falhas. Mas, uma coisa as pessoas enchem a boca para gritar com certeza: só pode existe amor entre duas pessoas. Não! Eu sei que boa parte dos indivíduos no mundo não acredita no poliamor. Não consegue entender o como alguém pode permitir “dividir” quem ama. Muitos, costumam confundir tudo isso com “ménage

Hoje não.

Querido você ,  Hoje eu me sinto saturada. Colorida com apenas uma tonalidade. A cor que toma conta de mim ofusca até mesmo meus próprios olhos, quando me atrevo a olhar meu reflexo no espelho.  No meio do dia eu senti a angustia de transbordar a sua presença. Como se cada pedaço de mim, cada célula que compõe meu corpo emanasse VOCÊ. Resolvi tomar um banho e por mais que eu esfregasse minha pel e, a consciência de que você estava lá e não sairia, não me deixou. As vezes eu penso em como vai ser amanhã. Em como seria uma vida onde eu pudesse respirar sozinha, sem precisar da luz ou da sombra de qualquer outra coisa ou pessoa.  Refletindo um pouco, de vez em quando, sinto que nunca caminho com minhas próprias pernas; numa dependência de sei lá o que ou quem, tão absurda que chega a me irritar.  Olha, não é contínuo mas hoje eu cansei de nós. Com amor, eu.

"Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo"*

Das condições que a vida te dá para seguir algum caminho, você sempre é frustrado por ter que desistir de algo ou alguém, ou por ter que escolher isto ou aquilo. A plenitude nunca é. Ela só parece. E bem às vezes por sinal. E a gente tá sempre sendo guinado por essa sede de tudo, de tudo ao mesmo tempo e no mesmo lugar.  Na minha cabeça (já que do meu coração eu desisti), ser feliz já algo complexo e intenso demais para se juntar ao que a gente chama de "amor". Amor é uma dose de droga que se parece muito com felicidade, se veste e dança. Te confunde, te ilude. Você tá sempre insatisfeito, tá sempre com a sensação de que precisa de mais e mais doses daquela porcaria. Até que vem a abstinência; Eu não vou explicar, porque quem já sofreu de falta de amor sabe bem como essa dor é inexplicável e se sentiria até ofendido ao ler a minha ridícula tentativa de descrição.  A felicidade é um sentimento solitário, independente. Você não sofre por não estar feliz, você apena

Sobre as coisas que eu não acredito...

...e sobre a minha mania de acreditar no que não existe.  A paz mundial, o fim do ódio, o fim da dor, a despoluição dos rios ou do meu coração, sua promessa de lavar aquele sapato velho ou de reformar sua mesa de madeira, aquele olhar que parecia dizer tudo e nada ao mesmo tempo, princesas, a fantástica fábrica de chocolates, o amor e finais felizes. Eu não acredito em nada disso. E não é que tenha algo de pessimista não, é por não acreditar mesmo. Por não pôr fé, por achar descartável. Ilusório, utópico. Mentiroso. Clichês como "o tempo vai curar" nunca fizeram a minha cabeça. Muito mais pelo fato da minha teimosia sem igual do que qualquer outro motivo. A gente fala tanto de como as coisas poderiam e devem ser e esquece de viver elas primeiro, esquece que, para algumas muitas coisas e situações na vida, não existe uma receita ou resposta pronta. Taí um dos motivos pelo qual acho que as pessoas prolongam seus sofrimentos. Esse costume de acreditar que tudo tem

I Will Burn You

Em chamas flamejantes, eu queria ver você. Como um pedaço de papel que vai sendo consumido, devorado e engolido pelo calor do fogo. Sonho em testemunhar o seu fim; o dia em que você deixará de ser um fantasma e vai pular de vez para a minha realidade ou desaparecer de uma vez por todas. Vai! Sai logo de cima dessa corda bamba que sempre tende a me marcar ou me deixar doente por você. Pula pra cá ou fica aí mesmo , não se envolve e nem me envolve porque eu não quero e não tenho mais nada a ver. Não pode ser tão horrível querer ver seus olhos brilhando diante da única coisa que consegue ser mais intensa que você mesmo. Deixa eu me livrar das suas palavras, desse seu amor barato, engarrafado e perfeito. Eu vou queimar você. Nem que seja a última coisa que eu faça, eu vou queimar você. Suas fotos, suas ligações, seus sorrisos, o seu cheiro, a sua voz, nossos desenhos. O quadro, os livros, as cartas, as flores. Eu vou quebrar tudo. Suas doses de felicidade, nossas lembranças, o vaso

Medo Do Escuro

No dia que você resolveu ir embora, eu não sabia. Acho até, que nem você sabia. Naquele dia eu não teria deixado você sair de casa, não teria evitado te ligar ou te mandar mensagens por toda a manhã só para saber se estava tudo bem. Se eu soubesse, eu teria dito logo tantas coisas. Teria dito para não esquecer a toalha molhada em cima da cama, teria dito para lavar a louça de ontem à noite, dito para levar um casaco de frio, mesmo sabendo que estava muito calor lá fora e teria dito de uma vez por todas que amava você. Não guardaria dentro de mim essa culpa velada que me sufoca agora a todo instante, como uma tosse seca. Naquele dia você tinha acordado atrasado, e eu até estranhei porque se tinha algo que eu admirava em você, era essa sua organização, essa pontualidade com tudo, inclusive comigo. Engraçado né? Quando o sol nasceu você não despertou, e por não dormirmos no mesmo quarto, também acabei deixando a hora passar. Tomou café correndo e nem lembro se penteou o cabe

Vou Precisar

Eu estava caminhando por aquele corredor frio do qual eu nunca gostei e acho que nunca vou gostar. Nele, as pessoas nem se quer se entreolhavam, estavam tão mergulhadas e imersas em seus próprios problemas que, era difícil notar que existia vida naquele lugar. Que ironia. Se bem que, o que poderia se esperar de um corredor de hospital, se não tristeza? A ironia vinha da felicidade de alguns em receber a vida, na forma de um bebê ou de uma cura. Você já deve imaginar que este não era o meu caso. E provavelmente não era o caso também dos três ou cinco que eu vi arrastando os pés por aquele chão diária e incansavelmente branco e limpo.  Esfreguei a ponta dos dedos entre os seios e respirei lentamente para ver se doía um pouco menos. Mas não adiantou. Dei mais alguns passos e abri a porta do quarto onde dormia há 2 dias. Você não estava lá. Provavelmente conversava com algum médico naquela imensidão mórbida. Suspirei e fechei a porta. Sentei por alguns instantes na cama e toqu

Não Desiste de Nós

Vem cá, deixa eu abraçar suas costas nuas, ouvir o seu coração e conectar o meu nele só pra sentir que alguma coisa ainda bate viva aqui dentro. Deixa eu sentir seu cheiro, beijar sua pele, te apertar contra mim como se a gente fosse se fundir num só. Deixa eu acordar deitada sob o teu peito e perdida no seu braço que sempre ficava dormente quando eu insistia que tinha medo. E não faz assim. Deixa eu chorar baixinho, encolhida num canto do sofá só para você usar essa sua habilidade de me fazer sorrir e mudar de assunto como se pudesse afogar todos meus problemas e as minhas cólicas. Deixa o dia passar, o vento leve tocar os nossos cabelos e trazer aquela sensação gostosa de que o tempo ao seu lado não passa. Deixa eu chegar na sua frente, abrir a porta da casa que podia ser a nossa, e não. Não me olha desse jeito, que me desarma, me sufoca. Não grita assim, não chora. Porque eu sei que você chora quando a gente apaga a luz do meu quarto.  Não dá dois passos, não passa a porta,

Eco. Eco, frio.

"Ei, boa noite. Eu não queria assustar não. É que tava olhando de longe o seu amor. Tava olhando como, mesmo confusa você parece tão completa, tão suficiente . Eu não sei o nome dele, mas eu sei que é essa a palavra o motivo do sorriso lindo que estava enfeitando seus lábios antes de eu chegar. Não se assusta não. Eu tava achando bonito observar como você olhava pra ele e como ele  olhava pra você. Eu só criei mesmo coragem pra atravessar a rua e falar contigo porque achei que não era direito meu negar de você as coisas que eu refleti sobre tudo que vi.  Muito prazer. Eu sou um coração partido, em pequenos pedaços espalhados já não sei por onde . O vão dentro de mim é tão profundo que se você gritar daqui da porta vai achar que existem milhares de vocês aqui dentro. Um eco, eco, eco... um vazio, vazio, frio. É tão gelado por aqui, que eu acho que já me acostumei. Sabe quando dói tanto ou incomoda tanto que até adormece, pois é. Tô num sono profundo a tanto tempo que eu n

Wake UP!

Para coração. Para de acreditar em tudo, de confiar cegamente, se ceder sem medo. Para de se retalhar em fiapos e se jogar ao vento justificando liberdade. Não acredita que eles entendem, porque eles não entendem. E isso não significa que não gostariam de entender, significa que emoções são sentimentos solitários.  Não vem com essa que querer compartilhar... com esse discursinho: melhores amigos  são para isso. São? Não são? Não são coração, estúpido! Para. E não me olha assim, não enche os olhos de lágrimas porque elas não abrirão um buraco no chão para que você possa sumir e deixar toda a dor e a confusão para trás. Pelo contrário. Levanta esse rosto, toma vergonha nessa cara e larga a mão de ser burro. Tô sendo grosso sim. Tô sendo mesmo e não é pro teu bem não. Ninguém quer teu bem se você não quiser. Começa agora a deixar essas correntes soltas no chão. Você vai conseguir se equilibrar sozinho. E se no chão você se encontrar, respira fundo, engole a poeira e levanta de novo,

Dor de Choro

"Eu só preciso de alguém que me abrace e diga que entenda. Que entenda como é se sentir sozinho. Como é se sentir perdido e desamparado, sem saber pra onde está indo, por que está indo ou mesmo quem está ao seu lado. Alguém que entenda como é absorver  tudo o que sente tão desesperadamente e ser corroído por todas essas impressões, por  toda sensibilidade. Que entenda como é ter vontade de se desfazer nas lágrimas que  represa todos os dias - por medo, tristeza, dor. Alguém que vai me fazer acreditar de  novo, que vai abrir a porta desse quarto bagunçado e, ao invés de fechá-la novamente,  vai entrar, abrir suas janelas para a luz do sol e tirar a poeira de cima das esperanças,  dos sonhos, dos desejos."   Larissa Mattos Provavelmente já passava da hora do almoço quando ela, finalmente, fez um movimento em cima do colchão e debaixo dos cobertores. Não havia acordado naquele momento. Na verdade, tinha dúvidas até de se tinha realmente dormido aquela noite. 

Questão de Idade

Estaria mentindo se dissesse que nunca imaginei como seria ou como será a minha vida daqui a alguns anos. Na última semana e na atual, algumas coisas me chamaram a atenção para a maneira como, não só eu, mas as pessoas no geral têm vivido suas vidas. A primeira delas foi quando, enquanto assistia a um filme numa aula de Jornalismo e Literatura da faculdade, me deparei com uma personagem engraçada. Negra, magra, bonita, usava roupas bem curtas e tinha uma atitude forte no olhar. Ela questionava o porquê ou como, as pessoas conseguiam passar o dia inteiro nas ruas e não olhar para o céu. Não reparar na beleza que ele, sozinho, pode proporcionar. Além disso, ela falava o quão importante é se amar. Amar o que você é e como você é antes de tudo e todos. A segunda foi hoje. Encontrei uma movimentação diferente na internet. Inúmeras pessoas, incluindo amigos, compartilhando um texto que trazia 25 coisas para se fazer antes dos 25 anos. Eu, particularmente, li a lista com um aperto

Sucumbir

Não que fosse fácil continuar adotando aquele status, mas confesso que a zona de conforto onde me encontrava mantinha a cicatriz dentro do peito intacta e isso, por aquele momento, bastava. Sempre tive uma mania de ter medo da vida, medo do passo seguinte. Se bem que, nem sempre na verdade. Não me lembro exatamente como começou ou de onde ele, o medo, veio. Mas no fim  instalou-se da mesma forma. Eu chamo de mania porque, embora eu não goste de admitir, eu meio que escolhi olhar de longe. Decidi ser a leitora ao invés da personagem da historia. Afinal, e você deve concordar comigo, é ridiculamente mais fácil apenas fechar o livro quando a fabula começa a incomodar e sucumbir. Quem me escuta falar imagina o quão devastador foi ou deve ter sido viver as coisas que vivi. E embora no começo poucas pessoas colocassem fé nos meus traumas eu sempre os fiz ser muito reais. Fazia questão de gritar bem alto os nomes dos demônios que me assombravam como uma maneira de valida-los. Ess

Birthday Invitation

Foi engraçado como eu e o Viny nos conhecemos. Porque, diferente de alguns amores não foi amor a primeira vista. Talvez tenha sido 14ª ou 15ª. Mas no final, foi amor do mesmo jeito, e continua sendo. Não é emocionante e nem extraordinário, mas o que vou contar para vocês mudou a minha vida…  Eu não sei muito bem como começou, mas lembro de que estávamos em abril. Mês que, na minha vida, tinha dado inúmeras voltas naquele ano. Parecia que tudo queria acontecer ao mesmo tempo. Comoumafrasequenãoéeditadacomespaçoesemfolegovocêsemataparaentenderoqueestáescrito. Como se o mundo fosse acabar amanhã e eu ainda precisasse fazer o almoço, a janta e pensar no café da manhã do dia seguinte. Então quando tudo estava quase literalmente despencando, como uma avalanche, ele parou na minha frente, impedindo-me de cair (sem saber que o fazia) e sorriu. Sorriu com a pureza que eu já havia descartado daquele lugar. Afinal de contas, eu tenho um quê pessimista mesmo. Eu e o Vini (: Na