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Mostrando postagens de novembro, 2014

Armadura

Seja meu amigo. Preserve meu coração, me dê o direito de explorar a minha dor, a minha tristeza. Permita que meu corpo se acostume ao desconforto do sofrimento ininterrupto que abala as estruturas do meu âmago. Estou te pedindo, quase implorando para que deixe o sabor amargo durar mais um pouco. Não se sinta a pior pessoa do mundo ou alguém incapaz de ajudar ao próximo quando eu estou escolhendo abrir meu peito e a deixar entrar. É preciso muita coragem, uma dose inexplicável de amor próprio e uma força quase desumana que não-se-sabe-de-onde-vem para estar aqui. Escolher de bom grado subir em um palanque à praça pública gritando para que as pedras sejam jogadas. Não entenda mal. Não acho justo quando as pessoas se permitem sofrer gratuitamente, pelo simples fato de não terem capacidade e fé para enfrentar seus próprios problemas; definitivamente não estamos falando da mesma coisa. O que jogo nesta mesa hoje é uma dor permitida, uma tristeza autorizada. Necessária, ramifi