Querida, calma. Mantenha esses pés no chão. Não queime todo o gás no ambiente pois nós ainda vamos precisar dele. Diminua o volume da televisão, do rádio, dos fones de ouvido e da sua voz. Eu não vou mentir: honestamente, eu gosto de como você devora nós dois. Em como você nos consome como se fossemos um pedaço de papel. A sua intensidade me excita. Me faz lembrar o significado de um dia de verão em pleno janeiro. Você olha dentro dos meus olhos e eu acho que vou derreter, ou me desfazer aos poucos como a lava de um vulcão em atividade. Eu deito na cama e você está em chamas. Às vezes, posso até ver algumas delas emanando desse seu corpo. Desacelera, amor. Por quê gastar a vida assim? Abre a janela. Você já viu como o céu está bonito hoje? Como esse tom de azul combina com a sua pele e com o seu cabelo e como você consegue ser graciosa dançando com os raios de sol? Slow down, babe. Me dá um tempo e se dá um tempo. Deixa o silêncio te mostrar o quanto ele pode e quer te
Uso as palavras para compor meus silêncios.