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Mostrando postagens de outubro, 2013

Centelhas

Hoje ela acordou e sentiu que precisava de uma vez por todas se sentir bonita. Precisava finalmente (ou não), determinar o que iria determinar a sua autoestima. Então ela foi ao salão de beleza, cortou os cabelos, fez as unhas, desenhou as sobrancelhas e até se depilou. Foi tudo para ela. Cada centavo e cada centelha de autoconfiança que depositava em si própria. Depois de lá, foi até uma loja de “tamanhos especiais” e usando algumas dicas de blogs e blogueiras que lia ou seguia, montou um look que achou adequado, moderno e a fez se sentir sensual. Na calçada seguinte, um par de sapatos fabuloso e um perfume de tirar o fôlego de qualquer um. Era sexta feira e a oportunidade estava ali. Sentia-se quase renovada, como se algo dentro dela houvesse enfim despertado e uau, em muito tempo era a primeira vez que ela ela realmente se achou bonita diante do espelho. Sentiu-se atraída por si mesma e repetiu “Nossa, você está maravilhosa”. E com essas palavras tomou o rumo da noite

Henrique Pt. II

Ele está se movimentando na cama. Enrolado nos meus lençóis. Rapidamente minimizo a janela do word. Não que eu tenha algum problema em deixá-lo ler a história. Até porque, tudo que já escrevi até aqui é a mais pura verdade e de alguma forma, sei que ele, no fundo, também sabe disso. Abro um sorriso amarelo quando ele me fita. Estou sentada na cadeira com um pé apoiado no acento e o queixo sob meu joelho.  — Bom dia. — digo  — Bom dia Babi. — responde ele sorrindo antes de procurar pelo relógio no pulso e perceber que é hora de ir, embora seja sábado.  Confesso que eu mesma não percebi o dia amanhecer. Acho que já passava das 7 da manhã. Mesmo sendo cedo, sei que Henrique tinha milhares de coisas para resolver no dia e é claro que, eu não me importava. E então fiquei ali, assistindo ele se levantar e se vestir enquanto comentava o quão boa havia sido a nossa noite o quanto aguardava pela próxima vez. Fico enjoada novamente.   — Eu ligo para você mais tarde ok? — d

Henrique - Pt I

Tenho a impressão que lá fora, o mundo inteiro ainda está em suas camas, confortáveis, em algum lugar afastado da realidade cruel e nojenta na qual vivemos. Porque o sono nos dá isso, ele tem a capacidade de te transportar para onde e quando você quer e prefere ir. É claro que, pesadelos são uma exceção, mas não vou falar deles na minha história.  Na minha história eu vou falar de mim, e dele. Mesmo que eu tenha a impressão que isso só significa, definitivamente, falar unicamente dele.  Neste momento na minha mesa, além do meu notebook, tem também uma xícara de um café que eu nunca vou beber, mas, como eu gosto do cheiro e como foi ele quem fez, eu resolvi esquentar e deixar aqui do lado, para ver se me dava alguma inspiração. Embora a maior delas esteja um pouco mais a frente, jogado na minha cama, dormindo como se todos os problemas do planeta pudessem ser esquecidos, por uma noite, por um dia. Sorrio, ao pensar que, obviamente ele não resolveu e nem pode r