Modéstia à parte II (minha pobre adaptação do seu maravilhoso texto) Por Isabelle Brown Você se deixou em mim. Cheia de medo de se perder, como quem não quer trilhar um caminho inseguro. Singular, como a flor de Drummond. Rompeu o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. “Da-me comparação exata e poética para lhes dizer (...)” o que significa ter que desafiar o espaço-tempo para conseguir desfrutar da sua rara presença. Tão pouco tempo... como captar suas ideias de maneira plena? Nunca vou saber. Tal como a Teoria da Relatividade Restrita ignora os óbvios efeitos da gravidade, você desconsiderou o pior de mim. Todos os níveis de respeito e carinho adentrando as janelas de casa que agora iluminam mais uma pele, mais uma vida. Com a nova moradora a rotina da casa ficou diferente. As portas que antes permaneciam trancadas, não deixaram de existir, mas hoje permanecem sempre abertas para que ficar seja uma escolha e a voltar, uma agradável surpresa. Todos sabem quem você é, mas descrevê-la
Uso as palavras para compor meus silêncios.