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Mostrando postagens de março, 2020

Me espera?

Os dias tem sido ensolarados, o vento é apenas uma brisa fresca que toca o rosto atrás das grades nas janelas. Há alguns dias eu estava me lembrando do cheiro que o mar tinha na última vez em que o ano virou. Eu gosto muito do mar, gosto do som, da textura da água, da temperatura e do gosto salgado que deixa na pele. Essa brisa que agora insiste em romper a regra do afastamento nada se compara àquela que sinto quando os meus olhos se fecham diante da imensidão oceânica.  O novo ano veio com as promessas clichês, os risos sem motivos, os planos inflamados e o coração cheio de vontade dela. Os beijos, o toque, as vezes em que fizemos amor, o calor, tudo isso foi transformado em gasolina e eu sou o carro. As lembranças me alimentam na tentativa ininterrupta de pensar em dias melhores.  Alguma coisa nos obrigou a apertar o botão pausar. Sinto como se todos estivéssemos sendo colocados em uma prova de resistência, onde as únicas pessoas que sobrevivem são aquelas com capacidade de ter e