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Mostrando postagens de 2012

Starting From The End

Soulmate - Natasha Bedingfield ♪ Fechar os olhos parece ser a maneira mais fácil de chegar lá. No ponto onde dói, onde machuca e incomoda. É difícil até para mim que estou acostumado com as palavras, descrever o que sinto. Taí uma mistura de angustia, confusão e paixão. Três pequenas coisas que se tornaram tão grandes em questão de horas que, no momento, acho que não sei ser e não consigo ser mais nada além disso: angustiado, confuso e apaixonado.  Da última vez pensei comigo que talvez nunca mais fosse deixar alguém colorir o jardim onde ela andou. E por muito tempo foi tranquilizante acordar todos os dias com a certeza: "eu nunca mais vou amar ninguém". Porque junto com essa certeza eu sabia (ou achava que sabia) que a dor estava longe. Num lugar escuro e sombrio, afastada do meu tão rasgado e maltratado coração.  Mas daí um dia eu acordei com medo. Medo de ser verdade. E se eu nunca mais voltasse a ser capaz de sorrir porque a outra pessoa sorriu? E se eu

"Confortavelmente familiar"

Perfumes. Sempre gostei de perfumes. Para mim os cheiros são a maneira mais rápida, fácil e confiável de saber se gosto de algo ou não. Chego perto, respiro bem fundo, fecho os olhos e pronto. Ou amo ou não.  Eu tenho algumas definições para "cheiros" que não são, e nem pretendem ser, convencionais. No seu caso, você cheira a tudo aquilo que eu sempre procurei em alguém. É difícil de definir porque são tantas coisas. Enebriantes como perfumes franceses.  Não foi muito diferente do que costuma ser. Eu cheguei perto, fechei os olhos, respirei bem fundo e pronto, já estava apaixonada. Apaixonada sim! (Sem parar para respirar) Sabe aquele amor ou paixão instantânea que vem dilacerando cada parte do seu peito, engolindo cada lágrima, transformando e ajustando cada respiração? (Pausa. Inspiração profunda). Foi assim, desse mesmo jeitinho que você fez. Meu coração acordou de um sono preguiçoso e despreocupado e copiou o seu sorriso: sempre tão doce e acolhedor, e por veze

Tears Dry On Their Own

Espalhafatosa. Eles diziam que ela era muito ES-PA-LHA-FA-TO-SA! Ambiciosa. Inteligente. Cativante. Carismática em excesso. Aquele momento onde você percebe que o ótimo não é tão bom assim e que é preciso escalar além do topo, chegar onde seus olhos não conseguem ver porque o limite não é suficiente.  Esforçada. Educada, uma graça. "É o que nós precisamos(...)" — diziam os olhos. Mas as palavras desmentiam. Duras palavras. Pode dizer que é bobagem enquanto não forem os seus tornozelos que são quebrados. Pode dizer também: "Aguente, levante, tente de novo(...)", até que um dia chegará a sua vez e tenho convicção que ouvirei "Não consigo, não sou bom o suficiente". E eu posso até não lhe dizer nada, mas vou pensar "Entende agora?".  É fácil ser o melhor onde ninguém é ao menos bom. Assustador é entrar num lugar onde você é bom e todos os outros são melhores. 

Just close your eyes and feel

Eu fechei os olhos e lá estava você, arrancando o meu libido com um simples passar de pés. Definitivamente, você não fazia o meu tipo mas era discutível o que estava acontecendo comigo naquela semana. Eu poderia basicamente ter chegado em você e ter dito: "Ei, posso fazer isto melhor". Sim eu poderia, se. Se você não fosse todas as pessoas.  Cabelos, lábios, cheiros tudo me deixava em transe. Tentava controlar todos os sinais que meu corpo imitia compulsivamente mas era inevitável desejar minhas unhas descompassando a sua respiração. Então eu levantei e sem saber exatamente quem guiava meus passos, me afastei do perfume da sua pele. A ponta dos dedos se confundiam dentro do bolso do meu jeans a procura de um cigarro e em seguida do isqueiro. Com os pensamentos a flor da pele me encostei numa mureta que fazia um pouco de sombra, livrando-me daquele sol quente que insistia em piorar a minha situação.  Tive a impressão de ter dado duas tragadas naquele pedaço