Das condições que a vida te dá para seguir algum caminho, você sempre é frustrado por ter que desistir de algo ou alguém, ou por ter que escolher isto ou aquilo. A plenitude nunca é. Ela só parece. E bem às vezes por sinal. E a gente tá sempre sendo guinado por essa sede de tudo, de tudo ao mesmo tempo e no mesmo lugar.
Na minha cabeça (já que do meu coração eu desisti), ser feliz já algo complexo e intenso demais para se juntar ao que a gente chama de "amor". Amor é uma dose de droga que se parece muito com felicidade, se veste e dança. Te confunde, te ilude. Você tá sempre insatisfeito, tá sempre com a sensação de que precisa de mais e mais doses daquela porcaria. Até que vem a abstinência; Eu não vou explicar, porque quem já sofreu de falta de amor sabe bem como essa dor é inexplicável e se sentiria até ofendido ao ler a minha ridícula tentativa de descrição.
A felicidade é um sentimento solitário, independente. Você não sofre por não estar feliz, você apenas não está. E isso não significa que você está triste ou mal, entende? E tudo bem por isso, ok? Não existe espaço dentro do coração e do cérebro humano para se amar e ser feliz ao mesmo tempo. Concordem, ou discordem. Resmunguem ou não. Fatos são fatos e mesmo quando não são, um dia, uma hora, com alguém ou sem alguém, eles se tornam.
*"Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo", livro de Myrna, pseudônimo de Nelson Rodrigues.
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